domingo, 14 de maio de 2017

Vem de longe

Vem de longe, o vento que sopra
As lembranças que traz de ti
Lágrimas fluem do interior da alma
Da saudade que deixastes do teu ser
No peito bate um coração apaixonado
Desarmado, esperando que o seu sopro
Tope o meu corpo, sensível e carente
Achega-se de mansinho, com seus beijos
Com os seus toques, calientes vão
Deixando-me a um passo da loucura
Tudo apaga-se quando os olhos se fecham
Para sentir o prazer deste instante de sonho
Não me sacode, deixa a massa quieta
Para o espírito ir ao encontro do deleite
Vou deixar a imaginação criar sua fantasia
Despertando-me do sono, tudo se apaga
O vento que trouxe recordações suas
Foi mensageiro de uma era boa que passou
Deslocado fiquei com a sua partida
Ficando apenas a realidade que vivi
Apesar de tudo, a certeza que vale apenas
Ter entregue a mim, de corpo e alma ao amor
Vivendo a intensidade que ele permitir.

Osvaldo Teles



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