sábado, 20 de maio de 2017

Soltei a rédea; viajei


Soltei a rédea do meu alazão
Como um raio ele sai em disparada
Deixei ele partir em qualquer direção
O cérebro processava na mesma rapidez
Ágio vinha o vento batendo no rosto
Apascentado a inquietação de uma alma
Avidez dos pensamentos não te encontrava
Via correr os sonhos e tu não estava lá
Puseram-me devanear vendo miragens
Eu e o  alazão nos perdemos no deserto
Nós afundamos em areia movediça
O oásis está a léguas de distância
Ofegante o cavalo já não cavalgava
A língua para fora, o sol lhe castigava
Este saara de conflitos nos  consumiam
A fadiga nos deu um xeque mate
A esperança era o alimento diário
Pensei em desistir, cair vencido
Mas uma força emerge das entranhas
Peguei o meu alazão e prosseguir viagem
Com as forças restabelecidas vi o horizonte
Deslumbrante despontando a minha frente
Onde o céu confunde-se com as águas do mar
Tinha momentos que para distinguir
Quem era um o outro, as estrelas do céu
Enamorava as estrelas do mar, era quando
Os sonhos fundiam-se com a realidade
Foi quando o meu alazão ganho asas
Juntos visitamos as constelações

Osvaldo Teles

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