terça-feira, 7 de março de 2017

Pingos de orvalhos

Deitei com a cabeça confusa
Fiquei perdido na madrugada
A alvorada chega sem cerimônia
Não consigo ninar a insônia consistente
O quarto tornou-se o túnel do tempo
Onde transporto-me para uma era benigna
O cancioneiro canta a cantiga da alma
Plangente toca as cordas do coração
Na sua amplitude vem aos ouvidos
Vou seguindo os pulsos e os repulsos
Cadenciando os impulsos corporais
Embalante é o cantar da minha amada
Vibrações contagiantes tomam conta de mim
Envolvendo-me nos seus movimentos
Na leveza da brisa o botão abre-se
Pingos de orvalhos molham suas pétalas
As borboletas bailam sobre elas
As cercanias demoravam a chegar
As paisagens passavam ligeiramente
As vistas ficavam presas na estradas
Que clareavam o nosso palco
A lua dançavam em nossas cabeças
Os amores trilham ao som das baladas
Levantei com a alma em estado de enlevação

Osvaldo Teles


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