sábado, 15 de abril de 2017

A saudade aperta

A saudade aperta fecho os olhos
E de repente chego até você
E com a sua pele negra nos braços
Sua boca colada a minha
Ouça a sinfonia ao som de sua voz
Vaz ditando a sincronia dos corpos
Vamos colados bailando a valsa
A quentura vai aumentando excitação
Ficamos descompassados perdidos
No contraponto nos encontraremos
Rodopio daremos no salão de dança
Ficou o seu cheiro grudado no palito
A roupa toda molhada pelo seu suor
Os seus fios de cabelos marcando o rosto
Não ficou nada entre nós para depois
Um buquê nas suas mãos como recordação
Para ter a certeza que não foi um sonho
Meu bem exaurido entrego ao descanso
Sentindo os efeitos da noite no corpo
Depois do beijo na testa desfaleço
Tendo o seu ombro como o travesseiro
E o seu corpo quente como o  lençol
Sou tomado pela leveza das plumas
E soprado rumo ao seu íntimo
Domado em suas mãos e unhas cravadas
Ouço o seu sussurro não para que te amo
Faz assim comigo tornando toda tua
Parece que estou no mundo das fantasias
Ou no planeta dos sonhos realizados
Fica quieto só aprecia a beleza do momento

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário