sábado, 8 de abril de 2017

Rasguei o verbo

Rasguei o verbo botando para fora
Todo o sentimento contido em mim
Falei o que se passava na minha cabeça
Fiquei aliviado do peso que acometia-me  
Levitei quebrando as leis da gravidade
Demos as mãos para a viagem ser completa
Saímos dos becos da danada da solidão
Fomos para as ruas largas da felicidade
Acento-me a porta para ver a tristeza
Passar carregada pelos braços da alegria
Só queria ver a reação da depressão
Quando eu for buscar forças no Divino
Para derrotar-la de uma vez por toda
Rosas ir semeando pelos canteiros da vida
Esperando que o venta traga o cheiro teu
Quem dera te encontrar nas cercanias
Em uma volúpia darmos os braços
Para seguirmos unidos pelas caminhadas
Olhos se procuram as almas se encontram
Nessa junção unificam-se em um só querer
Expulsar a melancolia que nos impedia
De dá gargalhadas das coisas simples da vida
Mudamos o ruma das encruzilhadas
Que conduziam-nos a perdição
Seguimos a seta que nos levava ao poço
Encantado das realizações das fantasias
Nos devolvendo a simplicidade de criança

Osvaldo Teles

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