domingo, 23 de abril de 2017

Acendo mais um cigarro

Acendo mais um cigarro e encho a taça
Para muitos um vício para mim subterfúgio
A cabeça da uma volta de trezentos e sessenta graus
As vistas soltas na imensidão do tempo
Os olhos correm desvairados pela rua
Lá fora a vida corre bestamente
Sem nenhum motivo aparente
Não encontro o sentido do viver
Aqui dentro o ser solitário lamenta
Sinceramente chora copiosamente
A falta daquela que devotei meu amor
Querendo verdadeiramente a ti
Sem preocupar com o amanhã
Só momento era o que me importava
O futuro não sei o que aguardava-me
Os olhos fixada na janela aberta
Direcionado para a porta na espera
Que adentrasse quebrando o silêncio
Existente dentro do meu espaço
Um alvoroço toma conta do cérebro
O corpo anceia o contato com o teu
Os braços se estica para que as mãos
Encontre os seus cabelos para agarra-los
E trazer a sua boca ao encontro da minha
Matando todo o desejo contido em mim
Honestamente queria está contigo
Fecha os olhos e sentir a sua presença
Arrepiando todos os pelos do corpo
Casamento perfeito entre as almas
Preenchendo o vazio dos corações
E deixando a rua toda florida
Exalando o perfume que flui de ti
A bebida que mana do teu ser
Cura a minha ressaca do teu amor

Osvaldo Teles

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