domingo, 2 de abril de 2017

O vazio que ficou

Com a caneta entre os dedos e pensativo
E com o papel sobre a mesa para escrever
Tudo que se passa comigo agora
o vazio que ficou com a sua partida
Aos poucos a alegria  vai tomando conta
As lágrimas que molhavam o papel
E ofuscava  o brilho do meu olhar
Busquei a eloquência do que vivemos
Os pedaços que deixastes de mim
O tempo encarregou-se de colar
A emoção de ouvir o sino anunciar
A nossa união diante do altar
As fotos do nosso  álbum ficaram amarelas
A conjuntura da plena felicidade morreu
Que ela é constituída fragmentada
De  momentos felizes que vivemos
Deixando a certeza que tudo é efêmero
Eis que a fonte dos desejos não secou
És o sonho adoentado se curou
Levantou-se da sua cova revigorou
Os prantos derramados lavaram as mágoas
Tirando a mácula que doía o coração
Atando o laço que nos separava
Trazendo-te de volta para mim
Relembrando dos beijos e carinhos
Que tanto bem estar nos faziam
Que alimentava o espírito e o corpo

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário