sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

A Luna desponta

De tardezinha, a luna desponta
Assumindo, o lugar do rei sol
Acordando o lobo adormecido
A meia luz, perco-me no escuro

Prendo-me ao fio de luz, perco o tino
Tateando fico, a sua procura
Guiando-me, pelo seu cheiro estonteante
Vou deslizando, em suas curvas

Vais se revelando, em meus toques
As pestanas se encontram, para sentir
Todo o prazer, proporcionando
Os sentimentos, vão sendo despertados

Despertadores, das belas emoções
Tudo que quero a sua, ternura atenuante
Transformando-me,em aprendiz de amante
Introduz-me no fantástico, templo de amar

desvirginando a minha, deusa do amor
Vindo com a musa, uma fonte  de inspiração
Dois corpos, numa conjunção perfeita
Desprovida de imperfeições, despoja-me

De toda vergonha, para que possamos
Na penumbra despir a pele,nos concedendo
A compreensão, de cada gesto desferido
Compreendo o significado, de cada olhada

Não disfarço, o que se passou conosco
Ainda sinto os efeitos, da noite passada
Incrustada na minha aparência! Flutuo
A cada passada, na leveza que me causa.

Osvaldo Teles

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