sábado, 30 de dezembro de 2017

Ouça aquela voz

Ouço aquela voz aveludada, a me chamar
Esta é a voz da minha amada me encantando
Parecendo o cantar, dos rouxinóis
Que penetra em meus ouvidos, como canto
Como os das sereias, para me  enfeitiçar
Despertei enfeitiçado, com a deusa ao lado
Levou-me a admirar, a sua beleza puritana
Purificando uma mente, pervertida
Que estava perdida, no plano terreno
O seu olhar instiga-me,aos prazeres carnais
Doce é o seu paladar, a me envenenar
Quão é ardiloso, são os beijos ardentes
Entorpecendo a danada, da consciência
A loucura toma conta, da sensatez
Um misto de sensações, me invade
Fazendo-me perder, a minha decência
Não sei aonde foi parar, a danada lucidez
O corpo  torna-se alado, e sai a vadiar
Lindíssimo fica o mundo, em torno de mim
O seu canto encheu, o meu ser de paixão
Olhando pelas janelas, espreitando você
Vênus, materializar-se em sua figura
Como uma harpa,  toco-te suavemente
Em meu ouvido ecoa ainda, a nossa canção
Que conduzia-me,ao mundo encantado do amor

Osvaldo Teles

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